sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mais além do meu olhar



CAPITULO 1
PSEUDÔNIMO: UMA POSSIBILIDADE
Imitando os exemplos do próprio Mestre, que reuniu doze apóstolos para iniciar Sua missão de amor na Terra, sempre estou em
busca de amigos para novos trabalhos de equipe.
Hoje aqui me encontro, caminhando pelas ruas do mundo físico, não chutando as pedras do caminho ou buscando a
beleza da Natureza, mas olhando o vaivém dos veículos e a falta de respeito às leis de trânsito, tamanha a velocidade
dos carros que trafegam nas belas avenidas. A cada carro que passa, sinto uma dor no coração ao imaginar a vida de
cada uma dessas criaturas. Muitas em nenhum momento param para pensar que existe vida além vida e que cada ser
tem de prestar contas do que faz neste mundo de expiação e provas.Os carros corriam, e assim fui andando. Encontrei
vários pedintes e indaguei a mim mesmo: será que as autoridades não encontram meios de abrigá-los? Sorri. Esse não é
meu trabalho, mas, pensando bem, é o grande compromisso de cada um de nós e precisa ser concretizado. Ajudar os
desvalidos é a meta que devemos atingir, todos nós, os irmãos do Cordeiro. Ele olhou os pobres de Deus e lhes impôs
as mãos, sem perguntar: estás nu ou faminto? Apenas respeitou a cada um que cruzou o Seu caminho. Ao defrontar
tanta miséria, como uma criança pequena e esquelética sugando o seio sem leite da mulher que me parecia doente, senti
que era um quadro que jamais se apagaria de minha mente.
E fui caminhando. Um vento, não muito frio, soprava mansinho e logo alcancei um local onde jovens, ou melhor,
crianças descontraídas usavam colares, brincos, cabelos pintados e cortados, amarelecidos, dando-me a impressão de
que me encontrava no Umbral. Aquelas crianças não só fumavam o cigarro comum, como os baseados, na maior
tranqüilidade, bem na frente de quem passava pôr elas. As meninas, com suas roupas sumárias, eram o exemplo da falta
de educação familiar.
Recordei o livro {Na esperança de uma nova vida } e sorri: como me assustei quando deparei com a droga! Hoje ela
tomou conta da sociedade; em quase todos os lares existe uma criança iniciando no tóxico e a família não querendo
admitir o que está acontecendo.
Parado diante daqueles jovens, ouvia a conversa sobre sexo e tóxicos. Não encontrei naquela juventude um olhar de
amor. Nada mais lhes interessava. A família representava apenas um banco que os sustentava, mas que não era bem
visto quando lhes cobrava algo.
“ Onde se encontram os pais dessas crianças?” pensei. Fiz uma prece e agradeci a Deus pôr Ele ter confiado em mim.
Orei também pela Irene, a médium que, com coragem, segurou comigo o cajado espinhoso da luta contra os tóxicos e
recordei as pedras recebidas pôr tratar de um assunto tão polêmico. Porém, hoje sabemos que muitos foram
beneficiados com os nossos livros.
Os carros passavam velozes, enquanto os jovens, indiferentes, puxavam fumo e contavam de nova droga que podia
levá-los a uma melhor contemplação da vida: umas bolinhas misturadas ao refrigerante podiam conduzi-los às nuvens e
a viajar na Internet e nos games  com desenvoltura.
Ao lado daqueles jovens, divisei uma legião de
Espíritos afins, que julgavam ainda estar na matéria, fugindo dos trabalhos espirituais.
 Nenhum deles me enxergou.
Resolvi sair.

Espírito Luiz Sérgio;
Psicografado pôr Irene Pacheco Machado.
Brasília:
Livraria e Editora Recanto,
Este livro foi psicografado no ano de 1999.
1.” Edição - 2001

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