quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Medo

Cantinho dos Jovens

Alô companheiros. Hoje vamos refletir sobre o sufo-
co de um belo bichano – pêlos cinza e olhos azuis
– que, na hora do susto, enfiou-se nas
engrenagens de um carro estacionado. Situa-
ção que presenciamos e observamos com níti-
do interesse pela sorte do bichinho.
Quanto mais era pressionado mais se
aprofundava no interior do veículo, acomodan-
do-se entre as peças que compõem o motor.
Estresse grande, aquele, consideramos para os
amigos que nos acompanhavam.
Fato semelhante acontece, com freqüência,
no cotidiano de todos nós. Para nos furtar a uma
situação difícil procuramos esconderijos peri-
gosos, que não oferecem a menor segurança.
Julgamo-nos seguros pelo simples fato de não percebermos nin-
guém à nossa volta que nos possa perturbar o sono, contrariar nos-
sos planos ou, pior ainda, denunciar nossos atos impróprios.
Essa é a falsa segurança contra a qual alertou Jesus quando nos
orientou para que ficássemos prevenidos contra os falsos cristos e
os falsos profetas.
Vivemos numa época de conflitos de interesses entre o que é
mundano e o que é espiritual, entre o que é de César e o que é de
Deus. Escolher entre o certo e o errado, o bom e o ruim, antes tão
fácil porque bem distintos ao olhar, agora se nos apresenta de for-
ma confusa porque o mundo dourou a pílula das paixões e deu ao
mal um colorido atraente, cheio de plumas e paetês, como se a vida
humana pudesse resumir-se num eterno carnaval.
O brilho das lantejoulas é um atrativo para as almas infantis
que se prendem ao momento passageiro do “aqui” e do “agora”,
esquecidas da destinação eterna para a qual foram criadas. Quando
acordam dos ilusórios sonhos, amargam o desgosto dos pesadelos
que criaram para si próprias nas engrenagens em que se perderam e
das quais lutarão para se libertar, durante uma ou talvez mais exis-
tências.
A alegria e o verdadeiro prazer não conflitam entre si e não há
mal em buscá-los durante a travessia terrena.
Jesus foi um Homem feliz; encontrou alegria no convívio fami-
liar e na companhia dos discípulos e do povo que amava. O equilí-
brio, outrossim, irradiava de todos os seus atos e Ele jamais se dei-
xou atormentar pelos impulsos da paixão, do poder, do prestígio
pessoal e do dinheiro. Caminhou pelo mundo como se fora dele
estivesse, consciente de que seu reino estava em outro lugar ao
qual seu coração se prendia desde a eternidade. Por isso seu trânsi-
to entre nós foi leve e passageiro, pois Ele sabia que vinha de Deus
e a Ele retornaria.
Nós, amigos, também viemos de Deus.
Somos obra de Suas mãos e não podemos
nos perder no caminho de volta. O Evan-
gelho aqui está para nos garantir a rota.
Não façamos como o gatinho – animal
irracional –, que só à custa de muita insis-
tência foi desalojado do lugar impróprio em
que se meteu. Nós temos inteligência. Usemo-
la em nosso próprio benefício para nos ga-
rantir bom estágio na vida do corpo e, depois
dessa, no mundo espiritual, uma região de luz
e harmonia.

Luiz Sérgio 07/02/2006
Médium: Elsa Candida Ferreira

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