quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

mensageiros

— Agora, irmãos, auxiliem-me a orar!
E conservando Isabel e Isidoro, unidos ao seu coração, Aniceto fixou os olhos no alto e falou com sublime beleza:

“Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do ser¬viço! Ainda não sabemos, Amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos confiaste! Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em nossos corações com as aparências do bem!
Dá-nos, Mestre, o espirito de consagração aos nos¬sos deveres e desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!
Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que reconheçamos os teus santos objetivos!
Senhor Amorável, ajuda-nos a ser teus leais ser¬vidores, Amoroso, concede-nos, ainda, as tuas lições, Juiz Reto, conduze-nos aos caminhos direitos,
Médico Sublime, restaura-nos a saúde,
Pastor Compassivo, guia-nos à frente das águas vivas,
Engenheiro Sábio, dá-nos teu roteiro,
Administrador Generoso, inspira-nos a tarefa,
Semeador do Bem, ensina-nos a cultivar o campo de nossas almas,
Carpinteiro Divino, auxilia-nos a construir nossa casa eterna, Oleiro Cuidadoso, corrige-nos o vaso do coração,
Amigo Desvelado, sê Indulgente, ainda, para com as nossas fraquezas,
Príncipe da Paz, compadece-te de nosso espírito frágil, abre nossos olhos e mostra-nos a estrada de teu Reino!”

Aniceto calou-se comovido, e, de olhos úmi¬dos, contendo a custo as lágrimas do meu reconhecimento, incorporei-me à nobre caravana que seguiria conosco de regresso a “Nosso Lar”.

Fim

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