sexta-feira, 30 de abril de 2010

Livro dos Médiuns - FIM

NOTA. Esta comunicação, certo, nada contém de mau. Encerra mesmo profundas idéias filosóficas e conselhos muito avisados, que poderiam levar os poucos versados em literatura a equivocar-se relativamente à identidade do autor. Tendo-a o médium, que a obtivera, submetido ao exame da Sociedade Espírita de Paris, foram unânimes os votos declarando que ela não podia ser de Bossuet. São Luís, consultado, respondeu: "Esta comunicação, em si mesma, é boa; mas, não acrediteis tenha sido Bossuet quem a ditou. Escreveu-a um Espírito, talvez um pouco sob a inspiração daquele outro, e lhe pôs por baixo o nome do grande bispo, para torná-la mais facilmente aceitável. Praticou-a o Espírito que colocou o seu nome, em seguida ao de Bossuet."

Interrogado sobre o motivo que o levara a proceder assim, disse esse Espírito: "Eu desejava escrever alguma coisa, a fim de me fazer lembrado dos homens. Vendo que sou fraco, entendi de apadrinhar o meu escrito com o prestigio de um grande nome.
- Mas, não imaginaste que se reconheceria não ser de Bossuet a comunicação? – Quem sabe lá, ao certo? Poderíeis enganar-vos. Outros menos perspicazes a teriam aceitado."
De fato, a facilidade com que algumas pessoas aceitam tudo o que vem do mundo invisível, sob o pálio de um grande nome, é que anima os Espíritos embusteiros.
A lhes frustrar os embustes é que todos devem consagrar a máxima atenção; mas, a tanto ninguém pode chegar, senão com a ajuda da experiência adquirida por meio de um estudo sério. Daí o repetirmos incessantemente: Estudai, antes de praticardes, porquanto é esse o único meio de não adquirirdes experiência à vossa própria custa.

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