770 O que pensar dos homens que escolhem viver em reclusão absoluta para fugir do contato nocivo do mundo?
– Duplo egoísmo.
770 a Mas se esse retiro tiver por objetivo uma expiação ao lhe impor uma privação pesarosa, não é meritório?
– Fazer antes o bem do que o mal é a melhor expiação. Ao evitarem um mal, caem em outro, uma vez que se esquecem da lei de amor e de caridade.
771 O que pensar daqueles que fogem do mundo para se devotar ao alívio dos sofredores?
– Esses se elevam ao se rebaixarem. Têm duplo mérito por se colocarem acima dos prazeres materiais e por fazerem o bem cumprindo a lei do trabalho.
771 a E aqueles que procuram no retiro a tranqüilidade de que precisam para alguns trabalhos?
– Esse não é absolutamente um retiro egoísta. Eles não se isolam da sociedade, uma vez que trabalham para ela.
772 O que pensar do voto de silêncio determinado por certas seitas desde a Antiguidade?
– Perguntai antes se a palavra é um dom natural e porque Deus a concedeu ao homem. Deus reprova o abuso e não o uso das faculdades que concedeu. Entretanto, há momentos em que o silêncio pode ser útil. No silêncio vos concentrais; vosso Espírito torna-se mais livre e pode então entrar em comunicação conosco. Mas voto de silêncio é uma tolice. Sem dúvida, os que consideram essas privações voluntárias como atos de virtude têm uma boa intenção, mas se enganam porque não compreendem verdadeiramente o alcance das leis de Deus.
*O voto de silêncio absoluto, como o de isolamento, impede o homem das relações sociais que proporcionam ocasiões de fazer o bem e cumprir a lei do progresso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário