terça-feira, 6 de abril de 2010

Nosso Lar!

— Agora, irmãos, auxiliem-me a orar!
E conservando Isabel e Isidoro, unidos ao seu coração,
Aniceto fixou os olhos no alto e falou com sublime beleza.

“Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do serviço! Ainda não
sabemos, Amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos
confiaste! Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de
que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em
nossos corações com as aparências do bem!
Dá-nos, Mestre, o espírito de consagração aos nossos deveres e
desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!
Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que
reconheçamos os teus santos objetivos!
Senhor amorável, ajuda-nos a ser teus leais servidores,
Mestre Amoroso, concede-nos, ainda, as tuas lições,
Juiz Reto, conduze-nos aos caminhos direitos,
Médico Sublime, restaura-nos a saúde,
Pastor Compassivo, guia-nos à fonte das águas vivas,
Engenheiro Sábio, dá-nos teu roteiro,
Administrador Generoso, inspira-nos a tarefa,
Semeador do Bem, ensina-nos a cultivar o campo de nossas almas,
Carpinteiro Divino, auxilia-nos a construir nossa casa eterna,
Oleiro Cuidadoso, corrige-nos o vaso do coração,
Amigo Desvelado, sê indulgente, ainda, para com as nossas fraquezas,
Príncipe da Paz, compadece-te de nosso espírito frágil, abre nossos
olhos e mostra-nos a estrada de teu Reino!”

Aniceto calou-se comovido, e, de olhos úmidos, contendo a custo as
lágrimas do meu reconhecimento, incorporei-me à nobre caravana que seguiria
conosco de regresso a “Nosso Lar”.

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